quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Seqüências de estudo de Snujs (Finger Cymbals ou Zills)

Compartilho abaixo uma sequência de alongamento, preparação técnica, massagem e ralaxamento que sigo ao estudar Snujs e recomendo às minhas alunas. A princípio, seguindo a orientação da bailarina, professora e coreógrafa Nájua, estudando somente o instrumento. Depois, tocar o instrumento caminhando. E, um pouco mais para frente, tocar dançando.

A lendária Morocco recomenda que se estude primeiro com qualquer música que não seja árabe,para depois escolher uma música e estudar a melhor maneira de interpretá-la com os Snujs. Quando danço com snujs, escolho uma música que me dê vontade de tocar, deixo que a música vá me sugerindo as principais marcações, observo o refrão, que (quase) sempre acompanho, e escolho algum momento da música para não tocar e, assim, descansar um pouco os meus dedinhos e os ouvidos da platéia!

Jorge Sabongi, no site da Khan el Khalili (obrigatório para quem quer dominar este instrumento), recomenda que a bailarina toque primeiro com músicas pop árabe (modernas). Sempre segui esta recomendação, inclusive somando a ela a orientação para shows da Nájua, de que a segunda música (entre a clássica e o solo de derbak no final) pode ser uma moderna com snujs.

Se você tem algum problema no pescoço, ombros, cotovelos, braços, ou nas mãos, consulte o seu médico antes de experimentar essa sugestão de estudo. Mesmo quem não está sentindo nenhuma dor deve fazê-la da maneira mais consciente possível.
Espero contribuir assim para tornar a sua dança mais rica. Os tempos são a minha proposta para um estudo de 45 min de duração. De forma responsável, você pode ficar um pouco mais ou um pouco menos em cada estágio. Bom estudo!

1. Alongamento (10 min)
Circular de pescoço
Muscular nas 4 direções e nas diagonais frontais
Circular de ombros
Circular de braços
Circular de cotovelos
Circular de pulsos
Musculares de braço: cotovelo pra cima, br pela frente do corpo, esticado com palma pra frente dedos pra cima e para baixo, entrelaçar, esticar e puxar um pulso
Munheca para baixo
Alongar dedo por dedo, cabaninha
Circular um dedo de cada vez (independência dos dedos)

2. Nestas sequências para estudo, uma técnica preparatória para os ritmos (20 min; E significa mão esquerda, D significa mão direita e J significa as duas juntas:
a. E-D-E-D-E-D-E..
b. E-DD-E-DD-E-DD-E...
c. J-J...
d. E-D-E ...
e. E-DD-E ...
f. E-D-E-D –E ...
g. E-DD-E-DD-E
h. E-D-E-D –J...
i. E-DD-E-DD –J
j. E-E ...
k. J-E / J-D-E ...
l. J-E / J-DD-E ...
m. J-J / E-D-E ...
n. J-J / E-DD-E ...
o. E / E-D-E ...
p. E / E-DD-E ...
q. E-D-E-D-E-D / E-E...
r. E-DD-E-DD-E-DD / E-E...
s. E-D-D / E-D-D...
t. E-D-D / E-D...

3. Massagem (5 min)
Com uma mão, envolver completamente dedo por dedo, girando para um lado e para o outro
Apertar deslizando da base até a ponta de cada dedo.
Entre os dedos
Ponto especial no dedão (ajuda a diminuir a cólica e faz funcionar o intestino; não faça se você estiver grávida)
Pulseira: fechar dedão e dedo médio ao redor do pulso da outra mãoe puxar uma pulseira imaginária da mão em direção ao cotovelo, mas apenas sobre o pulso.
Alongamentos rofundos do pulso e ante-braço usando o chão (técnica circense)
Uma mão puxa ligeiramente a outra na altura do pulso. Aproveite para massagear também os ombros e o pescoço!


4. Relax (mínimo 10 min) – sentar-se de olhos fechados numa posição confortável com os braços apoiados dos joelhos ou alguma superfície, palmas para cima, e testemunhar o corpo, as emoções e os pensamentos, sempre se ancorando na respiração.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Expoentes dos Snujs

Entre os inúmeros artistas que se destacam nessa habilidade específica da Música e Dança árabes, reuni aqui os que mais admiro e que contribuíram diretamente para o meu desenvolvimento.

São eles:
Morocco (Carolina Varga Dinicu), bailarina, professora e coreógrafa norte-americana cuja técnica se diferencia pelos toques "dobrados" (por exemplo, ta-kaka-tá, em vez de ta-ka-tá. Tive a oportunidade de ter aulas com essa grande expoente da arte, no Ayuni Studio, em Brasília. Quando a vi dançar pela primeira vez, minha respiração parou...eu simplesmente não sabia que era possível! Para visitar o site de Morocco (NY) clique no link da barra lateral.

Jorge Sabongi, provavelmente o artista que mais contribuiu para o desenvolvimento dessa especificidade entre as bailarinas brasileiras,ensinando e compartilhando seus conhecimentos, exercícios e experiências no site da Khan el Khalili (citado abaixo). Para visitar o site da Khan el Khalili clique no link da barra lateral.

Ansuya Hathor, bailarina, professora e coreógrafa norte-americana cuja técnica impressionante e incomparável inspira artistas do mundo inteiro, principalmente graças à sua participação no espetáculo Bellydance Superstars. Tive a oportunidade de assistir a uma apresentação sua no Scalla-Rio: inesquecível. Uma frase que ela disse no Workshop e que me acompanha em meus estudos diários: "A Dança do Ventre é uma expressão de liberdade." Facebook: Ansuya Hathor

Nájua, bailarina brasileira radicada no México, a primeira que vi dançar tocando snujs. No Ayuni Studio, em Brasília, tive a oportunidade de fazer workshops específicos de snujs com essa grande expoente, e nos anos que se seguiram, de colocar em prática seus preciosos ensinamentos. Para visitar o site de Nájua clique no link da barra lateral.

Íris, professora, bailarina e coreógrafa de Brasília, e também da Casa de Chá (Khan el Khalili-SP). Uma amiga querida com quem aprendi muito, me inspiro sempre, e cujo trabalho diferenciado reflete a dedicação com que abraça esta arte. Sua dança é fruto, aos meus olhos, não apenas de seu esmero técnico, mas também de sua experiência como bailarina na Índia e de seu trabalho espiritual. Íris é professora no Ayuni Studio, em Brasília, cujo link você encontra na barra lateral.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Snujs, Finger Cymbals ou Zills



O snujs são instrumentos de percussão árabe usados também pelas bailarinas. Característicos das danças ciganas do egito, da Raqs Sharq (Dança do Oriente) e do Tribal Americano, hoje encontram-se também entre instrumentos de orquestra e bandas de música como a Inquieto Facho, da qual fiz parte no início dos anos 2000.


Aqui está reunido um material da internet com os respectivos links para dar início aos estudos sobre este tema. Posteriormente pretendo compartilhar minhas notas sobre os artistas que se destacaram com os snujs, exercícios e sequências.


O material publicado por Jorge Sabongi, da Khan el Khalili-SP, a famosa “Casa de Chá” é o mais completo disponível na internet a respeito do tema:

“Os snujs são címbalos de metal, em número de quatro, que são tocados milenarmente por bailarinas orientais, durante suas apresentações de dança. Acredita-se que tenham mais de 5.000 anos. São feitos de latão (bronze). (...)
Os snujs dão vivacidade às apresentações. Despertam no público um sentimento, que eu pessoalmente acredito, está ligado à alma. É impossível não enriquecer uma dança se você toca de acôrdo e nos momentos certos. O som agudo propaga-se de uma forma absurda, pois é metálico. O som grave mexe com os batimentos cardiacos; o agudo da a sensação de entrar nas veias. “

Eu recomendo uma visita ao site com tempo e dedicação: http://www.khanelkhalili.com.br/snujs5.htm

Outros sites que também abordam os Snujs ou Zills:

“ Um antigo instrument de percussão asiático, normalmente usado por dançarinas. Pquenos címbalos geralmente presos ao dedão e dedo médio de ambas as mãos e batidos um no outro de acordo com um padrão rímtico específico. “ , do site http://dwp.bigplanet.com/saroyan/history/

“Um conjunto de snujs consiste em 4 pratinhos, dois para cada mão. O diâmetro mais comum é de 5 cm. Os tamanhos e formatos dos snujs definem diferenças de tom e altura do som.
Snujs para apresentações são variados e podem ser brilhantes, foscos, lisos ou enfeitados. As bailarinas hoje em dia usam elásticos para prender os snujs nos dedões e dedos médios de ambas as mãos. Os snujs profissionais têm duas aberturas em cada pratinho para afixar o elástico. Os snujs decorativos como os vendidos a turistas têm apenas um.
Os sjus podem ser tocados de várias formas para produzir um som de sininho ou um “clack” mais seco. Existem vários ritmos em Dança do Ventre que podem ser transpostos para os snujs.
•E-D-E (tá-cá-tá)
•E-D-E-D-E-D-E.....
•Báladi – EE-EDE-E-EDE (dum/dum/tek-a-tek/dum-tek-a-tek)”

Do site: http://en.wikipedia.org/wiki/Zill